domingo, 11 de julho de 2010

Entre a desistência e a insistência .

É incrível a maneira como o tempo passa e tudo muda . Há dois, ou talvez três dias atrás, eu estava mal, deitada naquela mesma cama, que continua desarrumada, abraçando um velho ursinho, tentando impedir a queda daquelas lágrimas . Daquelas infinitas lágrimas . Naquele dia, tudo que fiz foi chorar e me lamentar, jurar que não voltaria a falar com ele, que não ia mais mentir, que ia seguir meu caminho, e deixá-lo seguir o dele . Eu sabia que iria doer, mas isso era bem melhor que vê-lo acreditar em minhas farsas, e não poder fazer nada contra isso . Pensei em ligar o computador e contar tudo para ele . Desmentir todas as mentiras já pronunciadas ao longo cinco meses, e ouvir calada tudo que ele iria dizer, tudo que eu sei que mereço escutar . Mas ao me lembrar que esse seria o final definitivo de tudo, desisti . Na verdade, eu sempre desisto .
E hoje ... Hoje me sinto como se devesse, mais do que nunca, ficar . Ficar para cuidar dele, para me assegurar que ele está bem . E, por mais que eu diga que não, eu quero ficar . Não só por ele, mas por mim . Ele me mostrou coisas que eu jamais pensei em ver, me fez feliz como nunca alguém fez, me deu um amor que eu jamais recebi .
Ele se tornou tanto para mim, que hoje eu não voltar para minha casa, para minha vida . Para o meu mundo, onde ele não pode entrar .

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