segunda-feira, 25 de outubro de 2010

September 25, 2010

A vida inteira eu acreditei que fosse fácil deixar o passado, desde o momento que você passe a desejar isso com toda sua força. Mas agora.. agora eu vejo que estive errada.
Hoje completa um mês. E dói, dói muito me lembrar do dia 25 de Setembro. Não porque tenha sido um dia ruim - pelo contrário. Há um mês eu era outra pessoa. Alguém melhor, mais positivo. Que sorria, mas não para esconder sua tristeza, e sim para demonstrar sua felicidade. Eu era alguém que, claro, tinha problemas, mas que não ligava para eles. Não ligava para sua aparência, se tinha dinheiro, se tinha amigos leais, se tinha alguém para abraçar. Eu não ligava para isso. Mas depois daquela noite, eu mudei. Me tornei alguém que não reconheço, o oposto do que eu fui. E por mais que eu tente, eu não consigo esquecer. Todos os momentos, toda aquela alegria, toda aquela vida ainda está muito presente em mim, e eu simplesmente não sei deixar para trás. Eu simplesmente não sei te esquecer. (U)

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Falta, falta de você.

Um ano. Um longo ano sem você, com vários dias de chuva em que me lembrei de você, do seu sorriso e do tom da sua voz. Hoje, sinceramente, acho que já não me lembro tanto de como você era. O tempo tem sido uma peneira para minhas memórias, e tem apagado, sem minha autorização, lembranças de pessoas que marcaram. Pessoas que eu amava, que eu queria ter para sempre ao meu lado. Você é uma dessas pessoas, mas, assim como elas, você também se foi.
Não vou negar, eu sinto falta de você. Sinto falta das suas brincadeiras idiotas, de como minha mãe ficava furiosa quando começávamos a nos bater e de quando você me fazia cócegas para me irritar. Parece patético dizer isso, mas eu sinto falta. Talvez não certamente de você, mas de quem você era. Sinto falta daquele garoto de sorriso perfeito que brincava comigo, quando éramos pequenos. Daquele garoto que ganhava de mim no futebol todo fim de semana. Daquele garoto que passava horas e horas na frente de uma televisão em todas as tardes de domingo, jogando um jogo de vídeo game idiota. Daquele garoto que eu tenho quase certeza que não existe mais
Sim, eu sinto falta, e não acho que as coisas precisavam ser assim. Não acho que precisávamos ter nos distanciado tanto. Tudo bem, qualquer um pode dizer que todos precisam seguir seu caminho, mas o que te custaria ligar de vez em quando? Visitar, mesmo que por cinco minutos? Você sabe o quanto eu gosto de você. Ou, pelo menos, costumava saber. Sabe que é como um irmão para mim, um que eu nunca tive, então porque me magoa tanto? Não peço para se importar comigo, nem me amar. Apenas fique perto e me dê a chance de te rever. Matar a saudade, dizer o que nunca pude dizer, e, talvez depois, poderemos seguir em frente. Só volte, me abrace e não diga nada. Depois. . bem, você decide o que fazer.



I miss you, and I can't go on without you (L)

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

The dream.

É engraçado como o tempo passa e muda tudo. Há alguns minutos atrás eu era uma garota com sonhos; mais que isso, eu poderia senti-los se concretizando na minha frente. Eu podia ver o sorriso daqueles que eu desejava tanto rever mais uma vez, mas que talvez nem sequer se lembrassem de mim. Eu sabia que não seria fácil enfrentar minha coragem de ir naquele lugar novamente, de fazer tudo de novo, mas eu estava convicta de que o mais difícil já havia sido enfrentado. Ou era isso que eu achava.
Então o telefone tocou. Incrivelmente eu vi meus sonhos se desfazendo com as palavras dela. Doía, e ao mesmo tempo não queria doer. Uma grande parte de mim me dizia a todo momento que não daria certo, mas eu achava que seria muito mais fácil ignorá-la. Talvez fosse só meu pessimismo, não precisava ser necessariamente mais um daqueles meus pressentimentos. Mas naquele momento, eu vi que eu estive errada. Todos os planos que construí naquelas três semanas, todas as noites mal dormidas pensando em um momento, em um segundo que eu pudesse reviver e guardar com eles, foram embora. Talvez fosse verdade, histórias como as que eu alimentava em minha cabeça jamais, jamais poderiam se tornar reais. Afinal, qual seria a chance de dar certo? Eu sabia que estava sendo estúpida todo o tempo, mas me recusei a ver.
E agora, sem nenhum sonho tendo me restado, sem nenhuma meta para continuar a respirar, o que me resta?