sábado, 31 de julho de 2010

3:00 a.m.

O relógio ao lado da cabeceira da cama me mostra que são três horas da madrugada, e meu sono não vem . Me viro pela enésima vez na cama, que hoje parece estar maior, me cubro com o grosso edredom branco e preto até a cabeça, e fecho os olhos . As imagens de seu sorriso que nunca vi verdadeiramente preenchem o escuro de minha mente, enquanto o silêncio me faz acreditar que escuto sua voz grossa e melodiosa me dizendo "estou com saudades" .
Viro novamente, sento na cama, ajeito as cobertas e os travesseiros mais uma vez e descanço minha cabeça sobre eles . Me lembro daquele certo dia em que você disse que jamais me deixaria, não importava a circunstância em que nos encontrássemos . Me pergunto inútilmente se sua promessa se manteria se você descobrisse tudo que escondo de ti . A resposta me assombra e me obriga a abrir os olhos e caminhar até a cozinha, procurando qualquer coisa que eu possa beber . Encontro uma garrafa de água encima da mesa, pego um copo que estava ao lado da mesma e bebo o líquido que havia colocado lá . A água desce por minha garganta, desfazendo os nós . Puxo uma cadeira e sento na mesma, minhas mãos deslizando nervosamente em meu cabelo bagunçado . Tudo me lembra você, tudo me trás o som de sua voz, tudo me dá saudades de ti .
Cansada de tentar te esquecer, volto para meu quarto e fecho a porta atrás de mim . Prefiro gastar minhas forças e preces tentando dormir do que pensando em você .

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