terça-feira, 19 de outubro de 2010

Falta, falta de você.

Um ano. Um longo ano sem você, com vários dias de chuva em que me lembrei de você, do seu sorriso e do tom da sua voz. Hoje, sinceramente, acho que já não me lembro tanto de como você era. O tempo tem sido uma peneira para minhas memórias, e tem apagado, sem minha autorização, lembranças de pessoas que marcaram. Pessoas que eu amava, que eu queria ter para sempre ao meu lado. Você é uma dessas pessoas, mas, assim como elas, você também se foi.
Não vou negar, eu sinto falta de você. Sinto falta das suas brincadeiras idiotas, de como minha mãe ficava furiosa quando começávamos a nos bater e de quando você me fazia cócegas para me irritar. Parece patético dizer isso, mas eu sinto falta. Talvez não certamente de você, mas de quem você era. Sinto falta daquele garoto de sorriso perfeito que brincava comigo, quando éramos pequenos. Daquele garoto que ganhava de mim no futebol todo fim de semana. Daquele garoto que passava horas e horas na frente de uma televisão em todas as tardes de domingo, jogando um jogo de vídeo game idiota. Daquele garoto que eu tenho quase certeza que não existe mais
Sim, eu sinto falta, e não acho que as coisas precisavam ser assim. Não acho que precisávamos ter nos distanciado tanto. Tudo bem, qualquer um pode dizer que todos precisam seguir seu caminho, mas o que te custaria ligar de vez em quando? Visitar, mesmo que por cinco minutos? Você sabe o quanto eu gosto de você. Ou, pelo menos, costumava saber. Sabe que é como um irmão para mim, um que eu nunca tive, então porque me magoa tanto? Não peço para se importar comigo, nem me amar. Apenas fique perto e me dê a chance de te rever. Matar a saudade, dizer o que nunca pude dizer, e, talvez depois, poderemos seguir em frente. Só volte, me abrace e não diga nada. Depois. . bem, você decide o que fazer.



I miss you, and I can't go on without you (L)

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