quarta-feira, 13 de outubro de 2010

The dream.

É engraçado como o tempo passa e muda tudo. Há alguns minutos atrás eu era uma garota com sonhos; mais que isso, eu poderia senti-los se concretizando na minha frente. Eu podia ver o sorriso daqueles que eu desejava tanto rever mais uma vez, mas que talvez nem sequer se lembrassem de mim. Eu sabia que não seria fácil enfrentar minha coragem de ir naquele lugar novamente, de fazer tudo de novo, mas eu estava convicta de que o mais difícil já havia sido enfrentado. Ou era isso que eu achava.
Então o telefone tocou. Incrivelmente eu vi meus sonhos se desfazendo com as palavras dela. Doía, e ao mesmo tempo não queria doer. Uma grande parte de mim me dizia a todo momento que não daria certo, mas eu achava que seria muito mais fácil ignorá-la. Talvez fosse só meu pessimismo, não precisava ser necessariamente mais um daqueles meus pressentimentos. Mas naquele momento, eu vi que eu estive errada. Todos os planos que construí naquelas três semanas, todas as noites mal dormidas pensando em um momento, em um segundo que eu pudesse reviver e guardar com eles, foram embora. Talvez fosse verdade, histórias como as que eu alimentava em minha cabeça jamais, jamais poderiam se tornar reais. Afinal, qual seria a chance de dar certo? Eu sabia que estava sendo estúpida todo o tempo, mas me recusei a ver.
E agora, sem nenhum sonho tendo me restado, sem nenhuma meta para continuar a respirar, o que me resta?

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